Qual é a relação entre os certificados de aforro e a Euribor? A Euribor não é só uma taxa de referência para os créditos habitação. Talvez não saiba, mas a taxa de juros dos certificados de aforro também depende da Euribor. Veja como a Euribor influencia os certificados de aforro da série F e da série E.
Os certificados de aforro são títulos de dívida pública. Portanto, quando compra certificados de aforro, é o Estado que garante o seu capital e o pagamento dos juros. Talvez por isso sejam uma solução de poupança tão popular: ao todo, os Portugueses têm 45.7 mil milhões de euros aplicados em certificados de aforro e certificados do tesouro.
Para incentivar os Portugueses a comprar dívida pública, os certificados de aforro são acessíveis e têm valores de subscrição muito baixos. Por isso, mesmo que não tenha muito capital para investir, os certificados de aforro são uma solução interessante para aumentar a sua poupança.
Neste momento, pode comprar certificados de aforro ao balcão dos CTT, em seis Espaços Cidadão e através do portal AforroNet, se já tiver aderido ao serviço.
A última série de certificados de aforro que o governo pôs à disposição do Portugueses é a série F, lançada a 2 de Junho de 2023. A subscrição mínima são 100€ e o máxima são 50.000€, com o prazo máximo de 15 anos.
A taxa de juro dos certificados de aforro da série F também está associada à Euribor. A taxa base é calculada com base na média da Euribor a 3 meses nos 10 dias úteis anteriores (arredondada às 3 casas decimais). No entanto, existe um teto máximo de 2.5%.
A esta taxa de juro base somam-se prémios de permanência:
Os juros são calculados de três em três meses e há uma capitalização automática dos juros vencidos. Isto é, quando recebe os juros, esse dinheiro também fica a render e a gerar mais juros. Quanto aos impostos, são retirados automaticamente pelo banco e não tem de preencher mais nada no IRS.
As condições da série F de certificados de aforro não são tão atrativas como as da série E. O valor dos juros dos certificados de aforro da série E também era calculado com base na média da Euribor a 3 meses dos últimos 10 dias úteis, mas o teto máximo estava fixado no 3.5%.
Portanto, com a subida da Euribor, os certificados de aforro da série E tinham um rendimento muito superior aos produtos comercializados pelos bancos, especialmente se tivermos em conta que o capital era assegurado pelo Estado. Além disso, os prémios de permanência também eram mais altos:
Caso a Euribor se mantenha em alta, os subscritores dos certificados da série F têm de esperar 3 anos até obterem o rendimento que os subscritores da série E têm agora. Ainda assim, se quer um investimento seguro e garantido, que pode resgatar a qualquer altura, os certificados de aforro continuam a ser uma boa opção.
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